Estou de volta!!!!

A tecnologia me aprontou xi...!!!!
Dias sem poder postar!
Que sufoco!
Mas estou de volta.
Essa semana falo-vos dos resultados das eleições. Dos primeiros passos do candidato eleito rumo ao cumprimento das promessas feitas.
Essa semana vai ser de testes, muitos.
Até já! Se der, lembrem-se que não basta querer.

Já se vota na UP

Apesar da divulgação ter-me parecido fraca, a afluência que testemunhei é consideravelmente boa. Na UP-sede, estão instaladas 3 urnas divididas por grupos de cursos. O sistema parece suficientemente organizado para se evitar qualquer tipo de deslizes. A contagem dos votos segundo me informaram, inicia hoje depois das 20.00(horas que fecham as urnas, e amanhã já teremos os resultados.

Cara a cara com os candidatos II

Felizmente não foi assim tão dificil encontrar espaço na agenda já lotada de mais um candidato às eleições para o Secretário Geral da Associação de estudantes da U.P. Conversei já no final da tarde e por um bom bocado de tempo com o candidato da lista D, Maitu Abibu. Maitu é natural de Changara em Tete e estudante do Terceiro ano do curso de Psicologia escolar. À semelhança de Edson apresentei-lhe as três questões e eis as respostas.

Pergunta: Do seu ponto de vista estudante/candidato, quais são os principais desafios que a UP enfrenta actualmente no que concerne aos estudante?

Resposta: O maior desafio do momento é o facto da informação não ser abrangente. Nem todo estudante tem acesso à informação que as vezes é crucial. Se reparares cá dentro tem papel afixado de qualquer maneira e nunca se sabe oque é novo oque é antigo. Não existe um lugar apropriado para o estudante recorrer no caso de querer uma certa informação. As vezes parece que apenas uma classe de privilegiados é que tem acesso à informação. Vou te dar o exemplo de projectos dentro da UP, processos de candidaturas à bolsas que só se tornam públicos depois da selecção de candidatos sem nunca se saberem os critérios.

Pergunta: Como pensa que a sua lista contribuirá para se ultrapassar esse desafio?

Resposta: Pensamos em criar um jornal estudantil que possa fornecer ao estudante um pouco de informações sobre a vida da UP. Criação dum mural, lugar apropriado para afixação de informação. Essas serão as primeiras e principais medidas.

Pergunta: Olhando para os membros do actual elenco oque acha que falta ou faltou neles para terem ultrapassado esses desafios.

Resposta: Não gosto de falar mal dos outros porque nem tudo foi mal na actual direcção. Eu acho que faltou comunicação com os estudantes. Uma espécie de prestação de contas. Mesmo se é que enfrentavam dificuldades, o mais certo seria que se criassem mecanismos segundo os quais a corpo de estudantes soubessem do que se estava a passar.

Dum modo geral Maitu acredita que a direcção tem um papel importante e que a nova direcção da UP é promissora. Existe o departamento de relações públicas com o qual diz contar plenamente.

Analisando de forma rápida as respostas dos dois candidatos fica claro que compartilham os mesmos pontos de vistas quanto aos desafios dos estudantes a saber, acesso à informação. Quem está na UP-Beira não precisaria uma grande pesquisa, pois bastaria ir a procura de alguma informação para ver a dor de cabeça que seria achá-la.

Bem aqui fica mais um candidato e espero poder trazer os outros dois.

Na foto, tirada ao fim da tarde, candidato da lista D, Maitu Abibu. Lamento a qualidade da imagem que não é das melhores.

Cara a cara com os candidatos I

É já essa semana que vamos às urnas para eleger o Secretário Geral da Associação dos Estudantes na UP-Beira. Os candidato andam às corridas nas suas campanhas. Depois duma rápida conversa com o Candidato da Lista D, Maitu Abibu, me surgiu a ideia de elaborar umas três perguntinhas que gostaria que os candidatos me respondessem. Não tenho certeza se vou poder encontrar e ter as respostas dos quatro candidatos já que estamos no período em que fazem os últimos acertos e andam bem ocupados. Trago para começar as respostas do candidato da lista B, o Edson David Raposo, que ganhou a simpatia de muitos dos meus “colegas da noite” pelo facto de ser único candidato nocturno na corrida.
Eis as perguntas e respostas;

Pergunta: Do seu ponto de vista estudante/candidato, quais são os principais desafios que a UP enfrenta actualmente no que concerne aos estudante?

Resposta: Um dos maiores desafios que já colhi é a falta de acesso à informação. O estudante desconhece as realizações da instituição, o processo e critério de atribuição de bolsas, a estrutura, organigrama de funcionamento da instituição e muitas outras informações que facilitariam a vida do estudante.

Pergunta:Como pensa que a sua lista contribuirá para se ultrapassar esse desafio?

Resposta: Nossa estratégia se assenta numa maior coordenação com a direcção da UP, solicitar e divulgar toda informação que acharmos importante para o conhecimento dos estudantes. Existem estudantes por exemplo que não entendem o processo de precedências e outros que nem se quer sabem oque é precedência. Vamos estabelecer um elo com a direcção da UP.

Pergunta: Olhando para os membros do actual elenco oque acha que falta ou faltou neles para terem ultrapassado esses desafios.

Resposta: Muitos pensavam que existe remuneração e assim que descobriram que não existia, perderam ogás com que entraram. Houve também o espirito de deixa andar para além de não ter havido muita abertura por parte da antiga direção para ajudar a Associação que viveu isolada.

Em suma, Edson tem fé que a nova direcção esta mais aberta aliás já que o lema é “De volta à academia” parcerias são necessárias para que a UP se torne oque se pretende, a saber, uma verdadeira academia e sendo o estudante elemento chave, não se pode dispensar o papel que uma associação de estudantes poderia desempenhar nesse processo.

Espero sinceramente poder me encontrar com os outros três candidatos ouvir-lhes e trazer aqui suas respostas. Enquanto isso não acontece é só esperarmos como fizeram os zimbabweanos. Esperaram pacientemente pelos resultados que tardaram(muito) mas acabaram saindo. Que bela lição de paciência!

Na foto, Edson Candidato da Lista B. Na cerimónia de graduação havida no passado 29 de Abril.

Porque estudar se já sei ler e escrever?

Levei um tempinho a decidir se essa postagem vinha para o diário ou ficava lá no Meu mundo. Oque determinou foi o facto de estar bem ligada à academia se bem que é tudo meu mundo. passei o final de semana em Cheringoma onde se implementa o projecto de assistência social com que trabalho. Madalena e Nhali(comigo na foto) são duas irmãs que conheci em meados de 2006. A guerra lhes roubou os maridos há mais de 20 anos e recentemente o sida lhes roubou os filhos. Agora, com mais de 60 anos elas vivem juntas, dividindo suas tristezas e alegrias na companhia dos netos. Elas são um exemplo vivo de como "a união faz a força". Visito-as sempre que vou à Inhaminga e sei que não me perdoariam se soubessem que estive lá e não lhes fui ver. Nessas horas nenhuma justificação serve. Na sua hospitalidade característica, me serviram bolinhos de Mapira com mel, aceitaram fazer uma foto na sua companhia e fingiram entender como funciona um blog. É que tive que lhes explicar para que se destinava a foto. De tecnologias até que essas mulheres "entendem" alguma coisa, já noutro dia me "forçaram" a fazer-lhes entender como é que a cara delas tinha ido parar na minha camera digital. Fiz o máximo que pude e elas fingiram que entenderam ou quem sabe entenderam mesmo? Não sei, um dia levo para elas um lap e lhes mostro como ficaram lindinhas na postagem.
Quando lhes disse que voltava logo na segunda, perguntaram quase em coro porque é que ultimamente não fico muito tempo em Inhaminga. Via-se claramente nos seus rostos que tratava-se duma pergunta que transportavam há já algum tempo, talvés lhes faltava uma boa oportunidade. Disse-lhes que era por causa da escola. Fi-lo com a maior simplicidade como aliás faço com todos outros que em Inhaminga querem saber a razão de ultimamente eu ir para lá apenas nos finais de semana. Madalena desenhou um rosto de surpresa e perguntou porque eu estudava se já sabia ler e escrever. Antes que eu tentasse responder, a Irmã, Nhali(luz/lamparina) explicou que deviam ser essas grandes escolas onde as pessoas não aprendem a ler e escrever. Fiquei pensando oque eu diria se me perguntassem em que classe estava. Secundando Nhali expliquei que eu estava aprendendo a ensinar Inglês. Inhaminga tem um Instituto de Formação de professores e foi oque me ajudou a fazer entender às minhas amigas oque faço na academia.
Saí pensando na pergunta. Na simplicidade com que encaram a vida. Pensando na forma diferente como encaramos o mundo. Para as minhas amigas bastava que eu soubesse ler e escrever. Para nós não basta não. Enfim é a diversidade dos destinos.
Na foto da esquerda paradireita, Madalena eu e Nhali.

A REAÇÃO DO DOCENTE

Com certeza que eu traria de qualquer a reacção do docente à carta de pedido de desculpas que a turma lhe endereçou e agora com a Micas "suplicando" fico mesmo sem jeito de não dizer nada sobre o assunto.
Lia-se na cara da turma toda, a ansiedade. Todos queríamos saber se tinha valido a pena escrever a carta. Alguns, eu incluso, achávamos que mesmo que o docente não tivesse mudado de ideia, não "levantasse as sanções" a saber, o zero atribuído ao grupo de devia apresentar no dia da "sabotagem" e não aceitar os trabalhos escritos dos que ainda não tinham entregue. Para nós importava termos expresso nosso sentimento em relação ao sucedido.
O ambiente estava meio pesado quando o docente entrou. Saudou a turma com cara "seca" e partiu para o fundo da sala onde ele se aloja quando vai ter um "group presentation". Para surpresa de muitos, ele chamou o grupo cinco para apresentarem seu trabalho. No final pediu que os que ainda não tinha entregue o trabalho escrito, o fizessem. Ficou assim claro que o docente aceitara nosso pedido de desculpa, e não duvido muito que tenha sido igualmente a primeira vez que uma turma tivesse feito isso, escrever uma carta de pedido de desculpa.
A vida vai continuar normalmente mas com mais uma lição aprendida. Errou? Não interessa o tamanho do erro, nem o tamanho do seu orgulho. Humilhe-se, reconheça teu erro e se corrija. Pague oque poder/oque for exigido para voltar a andar de cabeça erguida.

APOLOGY LETTER: como nos tempo de menino

O incidente da segunda com repercussões na quarta me fez lembrar os meus tempo de escola quando era menino. O estudante nocturno é geralmente trabalhador e leva à faculdade o cansaço acumulado de um dia de trabalho as vezes bem árduo. Tem de se lhe reconhecer os esforço que faz para se manter bem disposto durante as quatro horas que permanece na faculdade. À essa situação complicada acrescentemos o estado do docente que também traz consigo um cansaço acumulado do trabalho diurno. Haja paciência! Na segunda não houve paciência bastaram 15 minutos para a turma toda abandonar a sala. Cinco minutos depois chegou o docente que se admirou enfureceu entristeceu porque nunca antes lhe tinha acontecido. Quarta feira foi a vez dele mostrar o quão irritado estava connosco. Toda simpatia, carácter prestativo que o tem caracterizado desapareceu. Deixou bem claro que tudo tinha mudado. Foi assim que mente brilhante pensaram em escrever uma carta de pedido de desculpa.
A parte mais forte da carta dizia "we are so sorry for our childish behaviour and promise it wiil never happen again" "...lamentamos nossa atitude infantil e prometemos que nunca mais vai acontecer".
Justoc como nos tempos de menino.
Hoje vamos saber o efeito que a carta fez no docente. Vamos ver se ele vai sorrir para a turma do primeiro ano como ele sempre fez. Vamos ver se aceita que o grupo que devia apresentar um trabalho na segunda tenha uma segunda chance e não tenha um zero como na sua fúria prometeu. Vamos ver.
Duma ou doutra maneira "aprendemos" uma lição que já é bem aprendida, e prometemos mesmo não voltar a sabotar aulas.

O Desafio..

Depois que a Ivone descobriu o diário do estudante não tem outro jeito senão deixá-lo a vista, é que ela não ficou calada, dedicou-lhe uma postagem no seu "meu ser original" que tão lido como é meio mundo ficou sabendo do segredo e foram chegando comments em torno do diário. Tenho que começar por explicar porque omantive em segredo.
Diário sugere periodicidade e cedo percebi que não estaria em contições de actualizá-lo à mesma velocidade da vida de estudante. Cheguei até a ponto de admitir a possibilidade de desactivà-lo. Mas muita vida, vida intensa que ficaria sem registo e isso seria lamentável primeiro para mim mesmo se pensar que esse capítulo é tão especial que revivê-lo vai ser muito gostosos volvido algum tempo. Fico então com esse desafio de manter o diário do estudante e me esforçar a deixar nele os meus dias de estudantes. Vou talvés ignorar a periodicidade ou melhor a pressão dela para não me sentir tão culpado se não poder postar nada nele mesmo tendo tanto.

Alfredo meu colega

Sexta feira 14 de Março

Alfredo não é apenas um colega. Está no meu grupo. Alfredo vem só para a cadeira de linguística geral. Alfredo é deficiente visual e fonte constante de lições para mim. Hoje me aproximei de Alfredo e o assisti de perto, digitando com sua maquina de Braille o texto que lhe ia ditando. Impressionante. Simplesmente impressionante. Tenho um irmão também deficiente visual e isso me aproxima de Alfredo. Pela experiência com meu irmão, consigo mesmo de longe ter um ideia dos desafios de Alfredo. A coragem de enfrentar o mundo é contagiante. Pode até ser difícil mas impossível não é. Força Alfredo. Vamos em frente. Vou precisar de ajuda de Alfredo que conhece um pouco das coisas do primeiro ano. E já deixei claro que ele pode contar comigo no que eu poder. Vai ser uma parceria com muitos ganhos para ambos...

Quinta feira 13 de Março.

A dificuldade de estudar e trabalhar está justo na gestão de tempo. Tem um sem número de coisas que devem acontecer e algumas bem paralelamente. Ontem entreguamos os famosos assignments de inglês. O alvoroço foi grande. Penso que a ausência de muitos deveu-se ao facto de não terem terminado o trabalho. O professor tinha deixado claro que não aceitaria desculpas.
Ontem conheci mas gente nova. Gente fazendo outros cursos